PF cumpre oito mandados em operação contra comércio ilegal de animais silvestres pela internet
30/01/2025
Operação Arca de Noé II, da delegacia de Campinas, cumpriu mandados em cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Animais de diferentes espécies foram resgatados. PF apreende animais criados e vendidos irregularmente pela internet em Campinas e região
A Polícia Federal de Campinas (SP), em ação com o Ibama, cumpriu nesta quinta-feira (30) oito mandados de busca e apreensão contra o comércio ilícito de animais silvestres pela internet. Nas primeiras horas do dia, os policiais recuperaram dezenas de espécies incluindo cobras, lagartos e centenas de baratas exóticas.
A ação faz parte da Operação Arca de Noé II (entenda mais abaixo). A investigação apura a existência de um esquema que promovia a troca, compra e venda de exemplares nativos e exóticos de forma ilegal. Embora ainda não tenha sido confirmada, a importação e exportação também é uma hipótese analisada.
Cobra apreendida pela Polícia Federal de Campinas no Rio de Janeiro
Polícia Federal/Divulgação
Os alvos são de Campinas (SP), Guarulhos (SP), São Paulo (SP), Sorocaba (SP), Votorantim (SP), Rio Claro (SP) e Duque de Caxias (RJ). Um nono mandado foi expedido pela 1ª Vara Federal, mas o investigado não foi localizado no endereço. Ainda segundo a PF, foram encontrados e apreendidos bichos em quatro endereços.
De acordo com o Ibama, as espécies nativas serão encaminhadas para centros de triagem e reabilitação. "É avaliada a recuperação desses indivíduos e possível reintrodução em ambiente em que há ocorrência desa espécie", detalhou o agente Venturini. "Espécies exóticas seguem para institutos de pesquisa com esse fim de pesquisa pró-conservação ou para educação ambiental".
Investigações começaram em 2024
De acordo com a PF, a investigação começou após a prisão de um homem de 34 anos por criar e manter ilegalmente em cativeiro 90 animais, entre cobras, aranhas, lagartos e tartarugas. O flagrante foi em 2 de abril do ano passado durante as buscas da Operação Arca de Noé I. À época, os investigadores também constataram que o suspeito comercializava os animais pelas redes sociais.
Agora a PF apura a existência de uma rede maior. "A suspeita é que os alvos troquem animais entre si, comercializem animais entre si, bem como com outras pessoas. Porém, com relação aos animais exóticos, existe grande possibilidade de que essas pessoas estão importando esses animais irregularmente para o Brasil", detalhou o delegado Leonardo Marcheto Tortelli.
Celulares foram apreendidos. Os investigados poderão responder por diversos crimes ambientais, como a guarda de animal silvestre sem autorização, introdução irregular de animal exótico, maus-tratos e organização criminosa.
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